OM : O CEO da Mantra reage após uma queda histórica

As tempestades podem explodir num piscar de olhos no universo cripto. Mantra (OM), outrora exaltada por seus apoiadores, sofreu uma queda vertiginosa de 95%. Enquanto acusações de manipulação e falta de transparência surgem, John Mullin, CEO do projeto, assume a defesa. Entre uma negação firme e promessas de recuperação, o cenário mistura crise de confiança e estratégias de sobrevivência.

Queda drástica da cripto Mantra (OM): o CEO do projeto reage  

O colapso da Mantra (OM) despertou velhos fantasmas da criptoesfera: vendas internas, rug pull, falta de transparência… Alegações que John Mullin rejeita com um gesto de mão.

Em uma recente conversa com a comunidade, o CEO classificou esses boatos como fantasias sem ligação com a realidade. Laser Digital, acusado de suposto vazamento antes do crash, seria inocente. “Nenhuma carteira ligada aos nossos parceiros foi esvaziada”, insiste, apresentando um relatório de transparência que deveria esclarecer a origem das transações.

Mas então, qual é a causa desse colapso? Mullin aponta para um efeito dominó técnico: liquidações massivas nas plataformas de troca.

Concretamente, traders teriam usado a cripto OM como garantia para empréstimos. Quando o preço começou a oscilar, bots assumiram o controle, vendendo automaticamente as criptos para cobrir perdas. Uma sequência fria, quase mecânica, que teria precipitado a queda. “Não é um cenário criminoso, apenas um algoritmo descontrolado”, resume.

Para reverter a tendência, a Mantra considera uma manobra audaciosa: recomprar tokens OM no mercado e queimar uma parte deles. Uma estratégia clássica, porém arriscada, que visa criar uma escassez artificial. “Vamos injetar nossa própria liquidez se necessário”, afirma Mullin. Resta saber se essas compras serão suficientes para acalmar a psicose dos investidores, agora desconfiados.

Um fundo de 109 milhões de dólares pronto para apoiar a recuperação

No centro da tempestade, a Mantra revela sua arma secreta: um fundo de ecossistema de 109 milhões de dólares. “Esse dinheiro é uma rede de segurança, mas também uma alavanca para reconstruir”, explica Mullin.

Destinado a financiar parcerias, desenvolvimentos técnicos e campanhas de marketing, essa fortuna poderia dar novo fôlego à cripto OM. Ainda assim, a comunidade murmura: e se esse fundo servir principalmente para mascarar as falhas do projeto?

Apesar das dúvidas, os números falam: a cripto OM subiu levemente, rondando agora os 0,60 $, para uma capitalização de 585 milhões de dólares. Uma melhora frágil, saudada pela equipe como um sinal de resiliência. “Estamos passando por uma crise, não um naufrágio”, declara Mullin. Alguns observadores veem porém um miragem, lembrando que recompras massivas podem distorcer temporariamente o mercado.

O caminho será longo. Entre procedimentos de recompra, gestão do fundo e reconquista da confiança, a Mantra terá que equilibrar expectativas e suspeitas. “Transparência será nosso mantra”, promete o CEO, brincando habilidosamente com as palavras. Mas em um ecossistema onde promessas frequentemente se desfazem, o desafio é grande.

O colapso da Mantra (OM) revela uma verdade crua: no cripto, as crises surgem tão rápido quanto as esperanças. Enquanto Mullin tenta apagar o fogo com explicações técnicas e medidas de emergência, a desconfiança persiste. O fundo de 109 milhões e as recompras de tokens oferecem um salva-vidas, mas serão suficientes para evitar o naufrágio?