Bitcoin bate recorde de potência, mas preço em queda acende alerta
A nova meta, um recorde que reverbera no mundo das criptos: 1 Zettahash por segundo. Um número que, à primeira vista, faz brilhar os olhos dos apaixonados. Mas por trás desse prodigioso aumento do hashrate existem questões mais complexas para os mineradores. Um feito técnico que não abrange, longe disso, todas as dinâmicas econômicas da rede. Pois se o hashrate do Bitcoin sobe, isso não garante a rentabilidade. E na sombra desse recorde, alguns já temem o preço a pagar para se manter competitivo.
1 Zettahash atingido: a performance tecnológica em números
Após o novo pico histórico de fevereiro, a rede Bitcoin alcançou em 5 de abril de 2025 um marco histórico ao atingir um hashrate de 1 Zettahash por segundo. Essa ascensão espetacular é o resultado de uma década de progressos tecnológicos no universo da mineração. Há apenas dois meses, o Bitcoin já registrava um recorde de 0,845 ZH/s, uma performance cuja abrangência parecia mais simbólica do que operacional.
Mas com esse patamar atingido, a rede se torna mais poderosa e mais segura, graças a uma competição cada vez mais feroz entre mineradores.
Os grandes nomes da mineração como MARA Holdings, Riot Platforms e Core Scientific estão agora na corrida com máquinas de última geração, afirmando que essa performance reforça a resistência da rede contra ataques. Os mineradores que conseguem calcular os blocos mais rapidamente contribuem, indiretamente, para a segurança do sistema.
Um recorde sem garantia de rentabilidade — o paradoxo da mineração
No entanto, por trás desse feito técnico, impõe-se uma realidade mais cruel: a rentabilidade dos mineradores continua a ser um quebra-cabeça. Apesar da potência implantada, os preços do bitcoin estão caindo, e as margens se estreitam. Atualmente a 77.000 $, o preço do bitcoin caiu 7,7 % em 24 horas, exercendo uma pressão adicional sobre os mineradores que veem seus custos operacionais crescerem sem conseguir compensar a queda dos preços.
A história de setembro de 2023 permanece gravada na memória: apesar de um hashrate recorde, a rentabilidade dos mineradores desmoronava. O aumento dos custos de eletricidade, os equipamentos mais caros e os preços baixos do bitcoin não conseguiram manter a rentabilidade, um paradoxo agora familiar no setor. As máquinas de alto desempenho podem parecer eficazes, mas sem um preço do BTC compatível, são apenas um investimento caro.
A competição minerária: mais potência, mas a que custo?
O aumento do hashrate vem acompanhado de uma concentração do poder de mineração nas mãos de alguns grandes pools, como Foundry USA e AntPool. Se essa concentração reforça a segurança da rede, também levanta uma questão de descentralização. Quanto mais os equipamentos se tornam potentes, mais caros eles ficam, e apenas os maiores atores do mercado conseguem acompanhar essa corrida frenética.
Além disso, os altos volumes de mineração não são garantia de sucesso para todos. Se os grandes atores captam a maior parte do hashrate, os pequenos mineradores têm dificuldade em acompanhar, e muitos deles correm o risco de não cobrir seus custos. O modelo econômico da mineração se torna cada vez mais difícil de manter. A rentabilidade depende mais do que nunca da gestão dos custos fixos, da eficiência das máquinas e, claro, do preço do bitcoin.
Alguns pontos a reter:
- 1 Zettahash atingido: Bitcoin alcança um hashrate histórico de 1 Zettahash por segundo.
- Queda de 7,7%: O preço do bitcoin cai para 77.000 $, apesar de um hashrate recorde.
- Competição acirrada: Os grandes mineradores como Riot e Core Scientific investem em máquinas mais poderosas.
- Rentabilidade em questão: O paradoxo de setembro de 2023 persiste; um hashrate recorde não garante a rentabilidade.
- Concentração da mineração: Foundry USA e AntPool dominam o hashrate mundial.
Se o Bitcoin atinge 1 Zettahash, essa performance mostra que a rede está se tornando cada vez mais robusta e resiliente. No entanto, um recorde de hashrate não significa necessariamente rentabilidade. O exemplo de setembro passado, onde um hashrate recorde não foi suficiente para salvar os mineradores, demonstra que a dinâmica econômica da rede continua complexa e frágil. Se os mineradores quiserem garantir sua rentabilidade, precisarão se adaptar a uma realidade onde o aumento da potência de cálculo é apenas uma alavanca, sem garantia de sucesso se o preço do bitcoin não acompanhar.
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La révolution blockchain et crypto est en marche ! Et le jour où les impacts se feront ressentir sur l’économie la plus vulnérable de ce Monde, contre toute espérance, je dirai que j’y étais pour quelque chose
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