Cripto: As DEXs prosperam apesar de um hack importante no Hyperliquid
As plataformas de troca descentralizadas continuam sua expansão no universo cripto, desafiando a supremacia dos atores centralizados, apesar de um recente incidente na Hyperliquid que resultou em uma perda de vários milhões de dólares.
O crescimento dos DEX diante das plataformas tradicionais
No dia 27 de março, uma operação fraudulenta em grande escala atingiu a plataforma Hyperliquid. Um trader anônimo explorou os parâmetros de liquidação do sistema para gerar um lucro ilícito de 6,26 milhões de dólares com o memecoin Jelly my Jelly (JELLY).
Este ataque representa o segundo incidente importante ocorrido na plataforma em março, como salientou Bobby Ong, cofundador da CoinGecko.
Apesar desses incidentes, a Hyperliquid conseguiu se destacar em oitavo lugar entre as plataformas de troca de contratos futuros perpétuos em termos de volume, superando atores estabelecidos como HTX, Kraken e BitMEX.
A plataforma atualmente ocupa o décimo segundo lugar nas bolsas de produtos derivativos, com um interesse aberto de mais de 3 bilhões de dólares em 24 horas.
Essas performances ilustram uma tendência subjacente: as trocas descentralizadas estão gradualmente ganhando participação de mercado das plataformas centralizadas tradicionais.
Em um tweet de 3 de abril, Bobby Ong afirma:
É claro que as CEX se sentem ameaçadas pelos DEX e não verão sua participação de mercado diminuir sem lutar.
A anatomia de uma exploração sofisticada e suas consequências
O incidente da Hyperliquid destaca estratégias cada vez mais sofisticadas no universo cripto. De acordo com a análise da Arkham, uma empresa especializada em blockchain, o atacante orquestrou uma manobra elaborada em três etapas.
O trader apostou inicialmente em duas posições longas que totalizavam cerca de 4 milhões de dólares (2,15 e 1,9 milhão, respectivamente).
Simultaneamente, ele abriu uma posição curta de 4,1 milhões que, em teoria, equilibrava suas apostas anteriores. A falha apareceu quando o preço do JELLY subiu 400%.
Nesse momento crucial, o sistema de proteção da Hyperliquid não reagiu como esperado. Ao invés de liquidar imediatamente a posição curta, o Hyperliquidity Provider Vault (HLP) — mecanismo destinado a lidar com essas situações — a absorveu, criando uma oportunidade que o trader aproveitou.
Essa manobra não só lhe permitiu embolsar um lucro substancial, mas também conservar 10% de todos os tokens JELLY em circulação, com um valor próximo a 2 milhões de dólares.
Em resposta, a Hyperliquid suspendeu as transações do memecoin e o removeu de sua plataforma, citando uma ” atividade de mercado suspeita“. Essa decisão levanta questões fundamentais sobre a governança das plataformas descentralizadas.
Ryan Lee, analista da Bitget Research, destaca o paradoxo:
A intervenção da Hyperliquid — criticada como centralizada apesar de sua ética descentralizada — pode deixar os investidores desconfiados em relação a plataformas similares.
Apesar desses incidentes, as trocas descentralizadas continuam a atrair usuários em busca de alternativas às plataformas tradicionais. O desafio permanece em conciliar a segurança dos fundos e os princípios de descentralização, um equilíbrio que a indústria cripto ainda busca aperfeiçoar.
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