Bitcoin em queda livre após o choque de 104% infligido à China!

A guerra comercial orquestrada por Donald Trump acaba de atingir um nível inédito, com tarifas alfandegárias recordes de 104% aplicadas aos produtos chineses. Essa escalada repentina, quase surreal, pegou os mercados de cripto de surpresa, mergulhando imediatamente o bitcoin em uma espiral de queda. Mas essa queda é duradoura ou simplesmente uma oportunidade disfarçada?

Uma guerra comercial a 104%, a gota que transborda o mercado

Os Estados Unidos acabaram de infligir à China uma tarifa alfandegária histórica de 104%, em retaliação à manutenção persistente das tarifas chinesas sobre produtos americanos. Essa decisão explosiva de Trump amplifica perigosamente as tensões comerciais, infligindo um golpe severo na confiança econômica global. Resultado imediato: os mercados financeiros e cripto reagiram brutalmente, levando a uma queda rápida dos preços, com o bitcoin na frente.

Neste contexto tenso, o bitcoin caiu para cerca de 76.800 dólares, uma perda de 2,1%, enquanto Ethereum, XRP e até o popular Dogecoin seguiram o movimento.

Essa queda vem acompanhada de uma volatilidade aumentada: mais de 100.000 traders viram suas posições liquidadas, acumulando perdas superiores a 300 milhões de dólares em 24 horas. Os grandes investidores, por sua vez, se agitam nervosamente, aumentando massivamente suas negociações.

Segundo analistas técnicos, a situação pode se agravar a curto prazo. Doctor Profit, conhecido por seu ceticismo, antecipa uma correção severa do bitcoin para uma faixa estratégica entre 58.000 e 68.000 dólares.

Por outro lado, alguns como Javon Marks permanecem otimistas, lembrando que os indicadores técnicos atuais, embora alarmantes, muitas vezes precederam importantes rebound do Bitcoin para picos históricos.

Oportunidade disfarçada ou queda duradoura para o bitcoin?

Paradoxalmente, essa tempestade comercial poderia, a longo prazo, beneficiar o bitcoin. Enquanto a bolsa americana entra em pânico, com o S&P 500 despencando quase 15% em poucos dias, os investidores buscam desesperadamente valores seguros.

Historicamente, em períodos de grande incerteza econômica, o bitcoin se apresenta como uma alternativa atraente frente à instabilidade monetária tradicional.

Os problemas financeiros nos Estados Unidos estão se agravando, aumentando a dívida pública e gradualmente enfraquecendo o dólar americano.

Em resposta, as taxas de juros dos títulos do Tesouro dispararam, ilustrando a nervosidade extrema dos investidores. Esse contexto pode induzir esses últimos a favorecer o bitcoin como ativo de proteção contra a inflação potencial, aumentando assim sua demanda a médio prazo.

Michael Gapen, economista do Morgan Stanley, alerta, no entanto, que o Federal Reserve americano se vê preso: manter as taxas altas é necessário para combater a inflação, mas isso pode acelerar uma recessão.

Nesse dilema, o bitcoin poderia paradoxalmente surgir como uma saída reconfortante para muitos investidores preocupados com a desvalorização iminente das moedas fiduciárias.

Assim, apesar da queda brusca provocada pelas tensões entre Trump e a China, o bitcoin mantém seu potencial atrativo a longo prazo. Se as negociações falharem e a economia global mergulhar em uma recessão profunda, o ativo digital pode acabar se tornando o grande vencedor inesperado, apesar de uma provável venda de Michael Saylor.