Base se torna a primeira solução L2 Ethereum em volume e TVL

No mercado de criptomoedas agitado pelas turbulências geopolíticas e pela volatilidade regulatória, alguns protocolos continuam a traçar seu caminho com confiança. É o caso da Base, a solução de camada dois lançada pela Coinbase, que se impõe semana após semana como a rede L2 Ethereum mais dinâmica em termos de volume, TVL, taxas geradas e crescimento de stablecoins. No momento em que a competição entre Optimism e Arbitrum está acirrada, a Base toca uma outra partitura: a da regularidade e do crescimento silencioso.

Volumes, TVL, taxas: a dominação metódica da Base

Desde o rally no final de 2024, a Base consolidou sua posição de líder entre os redes L2 do ecossistema Ethereum. Mesmo após meses de condições de mercado menos favoráveis, o protocolo permanece número um em métricas chave. De acordo com os dados da Coingecko, a Base registrou 755 milhões $ em volume nas últimas 24 horas, ou seja, 108 milhões a mais do que Arbitrum, seu competidor mais próximo.

No que diz respeito ao TVL, a diferença é ainda mais significativa: 2,71 bilhões $ em valor total bloqueado para a Base contra aproximadamente 2,1 bilhões $ para Arbitrum One. Embora o TVL em valor em dólares esteja em declínio desde dezembro, o número de ETH bloqueados, por sua vez, dispara, alcançando um pico de 1,9 milhão de ETH.

No que diz respeito à receita, a tendência é igualmente impressionante. Entre 6 e 7 de abril, de acordo com a Dune Analytics, a Base gerou 570 milhões $ em taxas de transação, superando Arbitrum (500 M$) e ficando muito à frente dos outros concorrentes.

A Base e a Arbitrum viram uma explosão na receita no último fim de semana, nota a Dune.

A Base alcançou 570 M$ em taxas, o maior número do segmento.

A Base também domina a atividade nos DEX, com 60% de participação no mercado, o que confirma seu papel de motor na DeFi Ethereum. Certamente, observamos um esfriamento no volume DEX desde janeiro, com um fundo em torno de 22 de março. Mas desde então, as trocas começaram a subir novamente, retornando aos níveis de novembro-dezembro, um período de intensa atividade nos mercados de criptomoedas.

Transações, liquidez de stablecoins e adoção: os outros pilares da supremacia

A força da Base não se baseia apenas no volume ou no TVL. Os indicadores de utilidade da rede contam uma história diferente, igualmente decisiva. O número de transações diárias, após um pico de 13 milhões no início de janeiro, se estabilizou em torno de 7 milhões no início de abril. Uma queda, sem dúvida, mas um nível ainda muito superior ao de antes de novembro de 2024, prova de que a rede ganhou uma base de usuários.

No que diz respeito aos stablecoins, a tendência também é muito clara. Em abril de 2023, a capitalização de stablecoins na Base atingiu 1,79 bilhões $. Um ano depois, ela chegou a 4,25 bilhões $, o que representa um crescimento de 137%. Este nível de liquidez estável é um forte indicativo da confiança na infraestrutura da Base para hospedar trocas seguras e rápidas.

“O crescimento da liquidez é o reflexo da capacidade de uma rede de fazer circular valor de maneira eficiente“, lembram os analistas da Dune.

Por fim, a adoção crescente da Base pelos desenvolvedores é um fator chave para sua dominação. A cada semana, novos protocolos se integram à rede, atraídos por baixas taxas e maior velocidade de execução. Características que, em um contexto de congestão na Ethereum e aumento de custos em outras L2, tornam a Base uma alternativa cada vez mais atraente.

Conclusão? A Base não joga na base do alarde ou da especulação de curto prazo. Sua estratégia se baseia na solidez, crescimento orgânico e alinhamento com as necessidades reais dos usuários. Em um mercado onde as posições mudam rapidamente, a Base se impõe como a rocha discreta, mas indispensável, das soluções Layer 2 Ethereum.