Até onde o Bitcoin irá? Adam Back aposta no milhão.
A história do bitcoin é cheia de previsões audaciosas, mas a de Adam Back, figura chave do ecossistema, impressiona pelo seu mix de precisão técnica e mistério histórico. Enquanto o criador do HashCash, mencionado no whitepaper de Satoshi Nakamoto, anuncia um bitcoin a 1 milhão de dólares até 2025, uma pergunta paira no ar: seria uma análise fria ou uma herança criptográfica que fala através dele?
Em resumo
- Adam Back prevê um Bitcoin a 1 milhão de $ até 2025.
- Aperto monetário, adoção institucional, holders inflexíveis: todos os ingredientes reunidos para um salto histórico.
- Sua ligação enigmática com Satoshi alimenta o mito.
Bitcoin a 500.000 $ em 2025: a equação de um visionário
Adam Back não se limita a prever. Ele decifra. Em um recente podcast Milk Road, o CEO da Blockstream estabeleceu um limite mínimo: 500.000 $ por bitcoin já neste ano, antes de uma subida rumo ao milhão. Para ele, mesmo a 100.000 $, o bitcoin continua “subvalorizado”. Um raciocínio ancorado na história dos ciclos de halving, mas ponderado por um constatado surpreendente: os ganhos pós-halving diminuem em porcentagem.
A pandemia de 2020 e as políticas monetárias expansionistas do Fed, segundo Back, distorceram o jogo. A impressão massiva de dólares criou um fluxo temporário para ativos de risco, mascarando o verdadeiro potencial do bitcoin.
Hoje, com um aperto monetário e uma adoção institucional crescente, o próximo ciclo pode combinar maior escassez (halving de abril de 2024) e demanda estrutural.
Mas Back vai além. Ele menciona uma mecânica de mercados frequentemente ignorada: cada ciclo reduz a liquidez disponível. Os holders de longa data trancam seus bitcoins, enquanto os novos entrantes — Estados, empresas — disputam unidades cada vez mais raras. Resultado? Uma volatilidade exponencial para cima.
Adam Back vs Satoshi Nakamoto: o fantasma na máquina
Se a previsão de Back fascina, sua ligação com Satoshi Nakamoto intriga tanto quanto. Questionado mais uma vez sobre sua provável identidade, o criptógrafo britânico ri: “Eu não sou Satoshi.”
Contudo, as coincidências persistem. Em agosto de 2008, Back recebeu um email misterioso contendo um esboço do whitepaper do Bitcoin. Satoshi cita sua invenção, o HashCash, como inspiração para o mecanismo de prova de trabalho.
Back insiste: a troca foi breve, sem colaboração. Satoshi teria finalizado o código antes de redigir o whitepaper, invertendo assim o processo habitual. Uma revelação sutil: o criador do Bitcoin testava primeiro a robustez de seu protocolo, como um arquiteto verificando as fundações antes de revelar seus planos.
Essa anedota ilumina um paradoxo moderno. A busca para identificar Satoshi incomoda Back, que a vê como uma distração. “Bitcoin funciona porque seu criador desapareceu”, ressalta ele. O anonimato não é um acidente, mas uma funcionalidade essencial. Sem uma figura central para atacar ou idolatrar, a rede permanece descentralizada — e portanto resiliente.
A previsão de Adam Back não se resume a um simples número. Ela se encaixa em uma narrativa moldada pela escassez algorítmica, pelos erros monetários do passado e por uma poderosa herança criptográfica. Se a marca do milhão de dólares pode parecer fantasia, lembremos uma verdade fundamental: em um mundo onde a confiança nos bancos centrais está se esfarelando, o Bitcoin se impõe como o antídoto — inclusive diante de um dólar em perda de valor.
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Fasciné par le bitcoin depuis 2017, Evariste n'a cessé de se documenter sur le sujet. Si son premier intérêt s'est porté sur le trading, il essaie désormais activement d’appréhender toutes les avancées centrées sur les cryptomonnaies. En tant que rédacteur, il aspire à fournir en permanence un travail de haute qualité qui reflète l'état du secteur dans son ensemble.
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