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A UE autoriza a Meta a treinar sua IA com conteúdo proveniente das redes sociais

Tue 15 Apr 2025 ▪ 4 min de leitura ▪ por Evans S.
Informar-se Inteligencia artificial

A inteligência artificial se alimenta de dados. Mas até onde ela pode extrair de nossas vidas digitais? A resposta toma um novo rumo na Europa. A Meta acaba de obter a aprovação dos reguladores europeus para treinar seus modelos de IA com conteúdos públicos compartilhados por seus usuários. Uma decisão que levanta tanto esperanças tecnológicas quanto questões éticas.

Uma ilustração mostrando um usuário de mídia social interagindo com seu smartphone

Meta ultrapassa um marco regulatório: a IA alimentada pelas redes sociais

O sinal verde dado à Meta, que recentemente chegou à França, não é um cheque em branco. A empresa poderá usar publicações, comentários e solicitações dirigidas ao seu assistente de IA no Facebook, Instagram, WhatsApp ou Messenger. Mas atenção: mensagens privadas entre pessoas próximas e dados de menores de 18 anos continuam protegidos. Uma distinção crucial, apresentada como uma “garantia” pela Meta.

Por que essa escolha? A empresa argumenta que a diversidade linguística e cultural da Europa exige modelos capazes de captar os dialetos locais, o humor sarcástico de Nice ou as referências hiperlocais de Berlim. “Sem essa variedade, a IA se tornaria uma ferramenta desajeitada, incapaz de entender as nuances que fazem vibrar nossas plataformas”, explica ela. Um argumento atraente, mas que não basta para acalmar os receios.

Os usuários europeus, no entanto, dispõem de uma saída: um formulário de oposição, prometido como fácil de acessar.

Resta saber se esse mecanismo será tão visível quanto um story efêmero do Instagram… ou enterrado nas complexidades das configurações de conta. A Meta garante querer “responsabilizar” seus usuários. Um equilíbrio delicado entre transparência e praticidade.

Um contexto regulatório em mutação: entre oportunidades e desafios

Essa autorização não caiu do céu. Ela encerra uma disputa iniciada em julho de 2023, quando a ONG None of Your Business conseguiu a suspensão do projeto, denunciando uma possível exploração retroativa de dados pessoais.

Após meses de negociações, a Meta convenceu a Comissão Europeia de Proteção de Dados de que sua abordagem respeitava o quadro legal. Uma reviravolta que ilustra as tensões entre inovação e privacidade.

A Meta não é uma pioneira isolada. Google e OpenAI já usaram dados europeus para suas IAs, enquanto X (ex-Twitter) teve que desistir de treinar o Grok com informações dos usuários da UE. A diferença? A Meta aposta na legitimidade pelo exemplo: “Nós seguimos atores já estabelecidos”, destaca. Uma estratégia habilidosa, mas que pode alimentar um círculo vicioso de normalização.

Nesse cenário em mutação, a UE tenta estabelecer salvaguardas. Sua lei sobre inteligência artificial, vigente desde agosto de 2024, regula a qualidade dos dados, segurança e privacidade. Contudo, as investigações se multiplicam, como a dirigida ao Google por possíveis falhas no desenvolvimento de seus modelos. Prova de que o quadro atual continua uma obra em andamento, onde cada autorização cria um precedente a ser monitorado.

Nesse cenário em mutação, a UE tenta estabelecer salvaguardas. Sua lei sobre IA, em vigor desde agosto de 2024, regula a qualidade dos dados, segurança e privacidade. Contudo, as investigações se multiplicam, como a que aponta o Google por possíveis falhas no desenvolvimento de seus modelos. Prova de que o quadro atual continua uma obra em aberto, onde cada autorização cria um precedente a ser acompanhado — ainda mais que o Google também muda as regras para anúncios de cripto na Europa com a MiCA, ilustrando a crescente influência das regulações digitais em vários aspectos.

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Evans S.

Fasciné par le bitcoin depuis 2017, Evariste n'a cessé de se documenter sur le sujet. Si son premier intérêt s'est porté sur le trading, il essaie désormais activement d’appréhender toutes les avancées centrées sur les cryptomonnaies. En tant que rédacteur, il aspire à fournir en permanence un travail de haute qualité qui reflète l'état du secteur dans son ensemble.

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