A agência de classificação S&P aprova o Bitcoin

Agora é a vez da agência de classificação Standard & Poor’s endossar a reserva de valor que é o bitcoin.

Bitcoin AAA

O tempo da desconfiança passou. As instituições financeiras não veem mais o bitcoin como uma ameaça, mas sim como um avanço tecnológico. A humanidade desfruta pela primeira vez de um ativo líquido que existe em quantidade absolutamente finita.

O analista da S&P o vê como um ativo apátrida que permite proteger-se contra a inflação:

[O bitcoin] é descentralizado, geopolítica e neutral e permite proteger contra a desvalorização das moedas nacionais.

S&P, 9 de abril de 2025

Para ele, essa tese de investimento está ganhando cada vez mais adeptos entre os investidores institucionais e os governos.

Os exemplos mais notáveis são El Salvador, Butão e os Emirados Árabes Unidos. Até mesmo deputados europeus estão interessados, apesar das hesitações dos tecnocratas de Bruxelas e Frankfurt. Este é o caso na Alemanha, França e também recentemente na Suécia. Até o governador do banco central da República Tcheca quer adicionar à suas reservas cambiais.

Essa agitação repentina deve-se, evidentemente, ao fato de que o governo de Donald Trump está ativamente buscando maneiras de acumular bitcoins. A esse respeito, o analista da S&P se mostrou otimista.

No ano passado, a senadora Cynthia Lummis propôs acumular um milhão de bitcoins ao longo de cinco anos, o que exerceria uma forte pressão de alta sobre o bitcoin. Isso seria, para comparação, uma quantidade de bitcoins superior àquela produzida pelos mineradores.

Bitcoin, não Cripto

Importante notar que o analista faz bem a distinção entre os diferentes criptoativos. “Quando falamos de uma cobertura descorrrelacionada dos mercados acionários, pensamos principalmente no bitcoin e suas características de moeda alternativa”, ele esclareceu.

Claro, o bitcoin ainda não está totalmente descorrrelacionado da bolsa, embora… O Nasdaq está estável a 0% nos últimos seis meses, contra +34% para o bitcoin… A percepção dos investidores em relação ao bitcoin claramente mudou desde a eleição de Donald Trump.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sabe que resolver o déficit comercial não será feito sem arranhar o status de moeda de reserva internacional do dólar. O banco central da China já instruiu seus bancos a reduzir suas compras de títulos do Tesouro em resposta às tarifas aduaneiras.

Ele também sabe que um novo Bretton Woods está em gestação. “O ouro não pode ter um déficit orçamentário gigantesco, o ouro não pode ter guerra. Todo o sistema comercial global estava ligado ao ouro até que o presidente Richard Nixon pôs fim a isso em 1971. O ouro sempre foi uma reserva de valor e o bitcoin está se tornando uma”, ele afirmou há alguns dias.

Por fim, lembramos que a senadora Cynthia Lummis quer vender as reservas de ouro para comprar bitcoins. O Bitcoin se apresenta como um sistema de pagamento alternativo e não censurável, que os Estados Unidos querem fazer sua moeda de reserva. Fica a dica!

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