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Bitcoin: As perdas de curto prazo não assustam os antigos

14h15 ▪ 6 min de leitura ▪ por Evans S.
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O bitcoin está navegando atualmente em águas turbulentas. Abaixo da marca simbólica de 90.000 dólares, o cenário se tinge de vermelho para os detentores recentes, enquanto os veteranos das criptomoedas mantêm o curso. Entre correções técnicas e acumulação discreta das instituições, o mercado desenha um mapa complexo: o de um equilíbrio frágil entre perdas latentes e confiança persistente. Um mergulho nos meandros de um ativo que se recusa a ceder ao fatalismo, apesar das tempestades.

Um sobrevivente solitário está nas ruínas de uma cidade em colapso, brandindo uma carteira de Bitcoin que mostra +27%.

Em resumo

  • O bitcoin evolui abaixo dos 90.000 dólares, colocando à prova os investidores recentes.
  • Os veteranos, por sua vez, mantêm a rota, apostando na resiliência histórica do ativo.
  • As instituições aproveitam para reforçar suas posições às sombras.

Análise das perdas não realizadas: o espelho de um mercado em tensão

O conceito de perdas não realizadas atua como um revelador das tensões subjacentes. Essas perdas, calculadas entre o preço médio de aquisição e a valorização atual, refletem o estado psicológico do mercado. E isso enquanto Robert Kiyosaki prevê um bitcoin a um milhão de dólares até 2035.

Os dados da Glassnode mostram que os detentores de curto prazo — aqueles que compraram nos últimos picos — estão presos em um marasmo. Seu custo médio de entrada frequentemente ultrapassa os 80.000 dólares, expondo-os diretamente à volatilidade atual.

No entanto, essa fase não se assemelha aos crashes históricos. As correções recentes, embora repetidas, carecem da brutalidade dos ciclos anteriores. Em 2018 ou 2021, as quedas frequentemente ultrapassavam 50%, varrendo até mesmo as carteiras mais sólidas.

Hoje, o drawdown permanece contido, oscilando em torno de 20%. Uma resistência que provoca questionamentos: o mercado atual é uma simples pausa técnica ou o início de uma reviravolta mais profunda?

Os detentores de longo prazo, por sua vez, ainda respiram aliviados. Seu custo de aquisição, frequentemente inferior a 30.000 dólares, os protege das turbulências. Mas atenção: a erosão progressiva dos preços poderá rachar seu escudo.

Se o bitcoin chegar a testar os 60.000 dólares, até os mais endurecidos verão seus lucros evaporarem. Um equilíbrio precário, onde cada movimento de preço ressoa como um alerta.

O bitcoin resiste: a rentabilidade persiste apesar das nuvens

Apesar das aparências, o bitcoin não perdeu seu brilho. Quase 75% dos endereços detentores ainda apresentam lucros, segundo Glassnode. Um número que ressalta uma realidade frequentemente ignorada: a maioria dos investidores permanece vencedora a longo prazo. Os “HODLers”, esses irredutíveis acumuladores de anos, encarnam essa resiliência. Sua estratégia? Ignorar o ruído midiático e apostar nos ciclos históricos.

As instituições, também, desempenham o papel de desestabilizadoras. Enquanto os pequenos investidores entram em pânico, BlackRock e seus pares acumulam BTC a preços reduzidos. Sua lógica é implacável: cada fundo se torna uma oportunidade.

Em abril, os ETFs de Bitcoin registraram entradas líquidas de 420 milhões de dólares, apesar das vendas por alguns concorrentes. Uma divergência que lembra uma regra de ouro: na criptoesfera, as “smart money” compram quando os outros duvidam.

Até as baleias — esses detentores de mais de 1.000 BTC — se recusam a ceder. Sua atividade na rede, com alta de 18% desde janeiro, sinaliza uma acumulação agressiva. Um comportamento típico das fases de consolidação, onde os atores influentes preparam o terreno para a próxima ascensão.

O bloco emblemático 666.666, minerado recentemente, simboliza quase essa teimosia: um aceno para os entusiastas, convencidos de que o bitcoin transcende os ciclos.

Detentores de BTC: o grande salto entre temporalidades

Aqui reside o paradoxo: o bitcoin recompensa a paciência, mas penaliza a imprudência. Os recém-chegados, atraídos pelas promessas de ganhos rápidos, sofrem duramente os ajustes. Seu erro? Subestimar a volatilidade estrutural do ativo.

As perdas de curto prazo, embora dolorosas, fazem parte da normalidade histórica. Desde 2010, o bitcoin enfrentou 15 correções superiores a 30%… antes de sempre alcançar novos picos.

Os detentores experientes entenderam: o tempo é o seu aliado. Ao estender seu horizonte de investimento, eles neutralizam os solavancos. A chave? Disciplina férrea. Vender nas quedas significa cristalizar perdas; esperar, apesar do desconforto, permite capturar as tendências principais. Essa filosofia explica por que 62% da oferta não se moveu por mais de um ano — um recorde.

Abaixo de 90.000 dólares, o bitcoin personifica uma dualidade fascinante. De um lado, perdas latentes que pesam nas mentes; do outro, uma fé inabalável em sua trajetória secular. Os dados confirmam: os ciclos passados sempre viram o ativo renascer das cinzas. Para os investidores, a lição é clara: nessa dança entre medos e oportunidades, o tempo permanece o melhor aliado. O mercado de baixa atual pode ser apenas uma pausa — um estágio rumo a novos picos. E se, nessa calmaria, a dominância do bitcoin caísse para 40%? Tal cenário certamente abriria um novo capítulo, potencialmente favorável para os altcoins.

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Evans S.

Fasciné par le bitcoin depuis 2017, Evariste n'a cessé de se documenter sur le sujet. Si son premier intérêt s'est porté sur le trading, il essaie désormais activement d’appréhender toutes les avancées centrées sur les cryptomonnaies. En tant que rédacteur, il aspire à fournir en permanence un travail de haute qualité qui reflète l'état du secteur dans son ensemble.

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